Ronnie Lessa afirma que aceitou matar Marielle Franco para se tornar sócio da família Brazão em uma milícia

Ronnie Lessa afirma que aceitou matar Marielle Franco para se tornar sócio da família Brazão em uma milícia

Em mais um desdobramento do caso Marielle, Ronnie Lessa declarou em sua delação premiada que não era assassino de aluguel. Ele explicou que aceitou cometer o crime para se tornar sócio da família Brazão em uma milícia. Lessa ressaltou que foi contratado para ser sócio: “Então eu quero deixar claro, doutor, que, ali, eu não fui contratado para matar. Eu não sou um matador de aluguel. Eu fui contratado para ser sócio e para ocupar a área”, afirmou ele.

Ele também revelou que estava envolvido no planejamento da tentativa de assassinato de Regina Celi, ex-presidente da escola de samba Salgueiro, que estava previsto para ocorrer em 2018. Segundo ele, esse serviço fazia parte de sua contratação junto à equipe de policiais ligados ao bicheiro Bernardo Bello. Ele afirmou que estava “adiando” o assassinato de Regina para evitar se comprometer antes do homicídio de Marielle Franco, pelo qual havia uma promessa de que ele “ficaria rico”.

“Porque a questão é, por mais que eu não soubesse quem ainda é Marielle, mas eu sabia que tinha uma coisa para ficar rico. Eu não vou me queimar por besteira se tem uma coisa para ficar rico. Então falei: ‘Macalé…’ Eu fui empurrando, empurrando.” De acordo com informações da Polícia Federal, os irmãos Brazão encomendaram o crime devido às desavenças com políticos do PSOL. O estopim foi a atuação da vereadora contra a regularização de loteamentos irregulares, negócio no qual a família estava envolvida.

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