Responsáveis por fraudar exames em clubes de tiro são presos
Uma operação deflagrada pela Polícia Civil nesta sexta-feira, dia 02, identificou uma organização criminosa responsável pela aquisição fraudulenta de armas de fogo através de clubes de tiro. Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro, Lagarto e Jaboatão dos Guararapes (PE).
A investigação da denominada Operação Tiro Certo, aponta a atuação de uma organização criminosa que coaptava pessoas dispostas a dar entrada no processo administrativo para aquisição de arma de fogo.
Em seguida, através de um profissional de Contabilidade, eram criadas empresas de fachada para cumprir o requisito legal de “ocupação lícita” e “residência fixa”. Posteriormente, uma profissional de psicologia garantia mais um pré-requisito para ter acesso à arma: ela atestava de forma fraudulenta a aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo dos candidatos. Entretanto, existem provas nos autos de que alguns candidatos sequer compareceram ao consultório da psicóloga.
Os membros da organização criminosa fraudavam também o “exame de capacidade técnica de tiro”, realizados no Clube de Tiro Tavares, no município de São Cristóvão e Clube Carcará, no município de Lagarto. Assim, a pessoa aliciada pela organização criminosa adquiria a arma de fogo.
O mais preocupante, segundo as investigações, é que muitas das eram vendidas para terceiros não autorizados. Na maioria das vezes, a arma de fogo tinha a numeração suprimida e há provas de que facções criminosas envolvidas com tráfico e homicídios se beneficiaram da fraude praticada adquirindo armas de fogo.
A investigação do Centro de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil de Sergipe conta com o apoio da Superintendência da Polícia Federal em Sergipe, Polícia Civil de Pernambuco, Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) e Exército Brasileiro. O Denarc e a Quinta Delegacia Metropolitana participaram da operação auxiliando no cumprimento dos mandados judicialmente deferidos.