Professores da rede estadual e docentes da UFS permanecem em greve
Durante a última quarta-feira, 22, uma assembleia foi realizada pelo corpo docente da Universidade Federal de Sergipe (UFS) na qual decidiram a rejeição da contraproposta apresentada pelo Governo do Estado para o fim da greve nacional da categoria. A decisão segue a orientação do Andes, sindicato nacional, que também se reúne em seu Comando Nacional de Greve nesta semana para avaliar o andamento da mobilização.
A Associação de Docentes da Universidade Federal de Sergipe (ADUFS) informou que houve uma análise conjunta da proposta e concluiu que a oferta não atendeu às principais reivindicações dos docentes, como reajuste salarial digno, recomposição do orçamento das universidades federais, avanços na carreira e equiparação dos auxílios.
Hoje, quinta-feira, 23, a ADUFS deve se reunir com a Reitoria da UFS para discutir a suspensão do calendário acadêmico da Graduação e Pós-graduação, além de outras pautas locais relacionadas à greve.
Uma nova assembleia está marcada para ser realizada na sexta-feira, 24, para discutir os próximos passos da greve e buscar soluções para minimizar os impactos no semestre letivo.
Enquanto isso, os professores da rede estadual também seguem em greve, mesmo após determinação do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, que suspendeu a ação após alegar que o sindicato não propôs, junto ao governo, o número mínimo de servidores que deveriam permanecer em atividade para que não houvesse prejuízo total às aulas, conforme previsto na legislação.
Os professores estaduais de Sergipe reuniram-se em ato realizado na quarta-feira, 22, em frente ao Palácio do Despacho, na Avenida Adélia Franco.
O Presidente do Sintese, Roberto Silva, ressaltou ainda que a informação de que a negociação está aberta com o Governo não é verdadeira. “Com relação a esta posição do governo de que a negociação está aberta não condiz com a realidade. O que a gente recebeu de informação na última audiência é que o governo não tinha nada a ofertar aos professores em relação a nossa pauta de reivindicação e por isso os professores paralisam esses três dias”, diz Roberto Silva.