Porta-bandeira da Portela há 66 anos, Vilma Nascimento é vítima de racismo no Aeroporto de Brasília
A ilustre porta-bandeira Vilma Nascimento, de 85 anos, foi vítima de racismo na loja Duty Free Shop, Aeroporto Internacional de Brasília, na última terça-feira, 21. A filha de Vilma denunciou o ocorrido por meio das redes sociais.
Danielle Nascimento relatou que ela e a mãe compravam chocolates em uma loja e, quando saíram, um fiscal as abordou e disse que acusou Vilma de não pagar pelo produto. Em seguida, a segurança da Duty Free Show pediu que a bolsa da porta-bandeira fosse revistada em um lugar reservado. Vilma disse que abriria a bolsa somente na presença da polícia, mas a filha, gravando todo o caso, pediu que ela seguisse o pedido por conta do horário do voo. No fim das contas, nenhuma irregularidade foi constatada.
Ambas se sentiram bastante humilhadas e constrangidas pela situação, e disseram que nenhum outro passageiro foi abordado. A funcionária acusada do ato de racismo foi afastada das suas funções pela empresa.
Vilma Nascimento estava em Brasília,onde, na última segunda-feira, 20, recebeu uma homenagem na Câmara dos Deputados pelo Dia da Consciência Negra. Conhecida como “Cisne da Passarela”, Vilma é porta-bandeira da Escola de Samba Portela há 66 anos.