O presidente Lula ignorou o aniversário do golpe de 64, este que foi exaltado por Bolsonaro
Neste domingo, 31, completam-se 60 anos desde que um golpe cívico-militar foi aplicado no Brasil. O presidente Lula, então, ignorou a data, ao contrário de Bolsonaro, que, por não reconhecer o ato como uma ruptura na democracia, comemorou o dia.
Durante o governo de Bolsonaro, o dia 31 de março foi comemorado pelas forças armadas. De acordo com Otávio de Rêgo, porta-voz do então governo, o ex-presidente não considerava a data como um golpe. “O presidente não considera 31 de março de 1964 como um golpe militar. Ele considera que a sociedade, reunida e percebendo o perigo que o país estava vivenciando naquele momento, juntou-se, civis e militares, e nós conseguimos recuperar e recolocar o nosso país em um rumo que, salvo o melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém”.
Na época, tal caso foi parar na Justiça. Ivani Silva, juíza federal, determinou, então, que a União se abstivesse de fazer comemorações pelo golpe militar, com multa em caso do descumprimento da decisão.