Mulher fica com corpo deformado após cirurgias plásticas

Mulher fica com corpo deformado após cirurgias plásticas

Letícia Mello, neuropsicopedagoga de 41 anos, passou por um procedimento chamado “X-Tudo”, onde foram realizadas 12 cirurgias que a deixaram com o corpo deformado. Ela contou que conheceu o cirurgião, o médico Marcelo Evandro dos Santos, através das redes sociais e teve sua primeira consulta em janeiro. Seu objetivo era trocar as próteses de silicone e se informar a respeito de uma lipoaspiração. Contudo, o médico sugeriu outro procedimento, no qual ela poderia passar por múltiplas cirurgias ao mesmo tempo.

 

De acordo com Letícia “Ele foi sugerindo outras coisas, dizendo que poderia fazer o que a academia não faz, como retirar gordura das coxas. Ele notou uma depressão nos meus glúteos e sugeriu tirar gordura das costas para colocar ali. Achei fantástico, porque fui em busca de um procedimento e, como médico, ele me apresentou várias opções, me passou muita confiança, muita credibilidade e eu acreditei que colocando a minha vida nas mãos dele, tudo sairia bem”.

 

O caso ocorreu em Florianópolis, no dia 29 de fevereiro, no Hospital Beira-Mar. Segundo ela, o procedimento levou cerca de 10 horas e que, logo ao finalizar, ela percebeu que algo estava errado. “Saí com falta de ar, muito debilitada e com o lado direito do corpo paralisado. Ao todo, recebi seis bolsas de sangue. Achei que morreria naquele momento”, declarou. Além disso, ela afirma não ter sido informada sobre riscos e o nível de complexidade do procedimento.

 

Após ser indiciado pela Polícia Civil, o Médico se pronunciou, informando que “os processos citados encontram-se sob sigilo processual. Por tais razões, minha manifestação sobre cada caso continuará sendo feita nos autos das respectivas ações”.

 

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) informou a abertura de um inquérito para apurar o caso e investigar se o procedimento “X-Tudo” é permitido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Além do caso de Letícia, o cirurgião já foi condenado outras quatro vezes na área civil, uma delas após a morte de uma paciente que havia passado por uma lipoaspiração. Com a repercussão do último caso, outras mulheres compartilharam suas experiencias, onde o médico as submeteu a cirurgias não autorizadas e que também resultaram em deformações.

Fonte da Imagem: DCM

Fonte do Vídeo: g1 – Santa Catarina (NSC-TV)

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