Mulher encontrada em Canindé poder ter forjado toda a situação
Durante o último sábado, 27 de janeiro, o 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM) recebeu a informação, por meio de uma denúncia, de que uma mulher estaria sendo mantida em cativeiro em uma região de mata no município de Canindé do São Francisco.
A mulher estaria desaparecida desde o dia 9 de janeiro e no dia 20 enviou uma mensagem para o seu filho, informando ter viajado para Canindé em busca do seu ex-namorado, e que ela estava em perigo.
Diante disso, a Polícia Civil foi até o ex-namorado da desaparecida para intimá-lo, até que ele compareceu à Delegacia de Itabaiana e alegou que a última vez que teve contato com a mulher havia sido em novembro do ano passado.
O homem voltou a ser ouvido no dia 24 de janeiro de 2024 e manteve a fala. O Delegado, então, solicitou que tentasse entrar em contato com a procurada, naquele momento, mas não houve respostas.
Ao tomar ciência de que a mulher foi encontrada, o delegado de Itabaiana, Edvânio Dantas, identificou sinais de uma possível fraude e pediu o apoio do delegado de Canindé de São Francisco, Douglas Lucena, que foi ao hospital onde a suposta vítima estava e colheu o depoimento do médico que ofereceu os primeiros socorros e, ainda com investigação, câmeras de segurança foram analisadas, e a mulher foi vista circulando em estabelecimentos, mesmo durante o período em que esteve, supostamente, desaparecida e sequestrada.
“Segundo a jovem, o cativeiro era em local a céu aberto, na cidade de Canindé, onde ela estava exposta ao sol e à noite e, durante os 15 dias, ela ficou sem nenhuma alimentação, porém, não tinha nenhum sinal de desidratação e não existiam sinais de picadas de mosquito e sequer insolação em sua pele. Inclusive, não existiam os hematomas que configuraram a narrativa apresentada pela jovem, de que foi mantida amarrada pelas pernas e mãos durante os 15 dias pelo namorado”, relatou o delegado Edvânio Dantas, que está à frente das investigações.