Mulher é vitima de estupro dentro de clinica de saúde mental

Mulher é vitima de estupro dentro de clinica de saúde mental

Uma mulher de 30 anos foi vítima de estupro numa clínica particular de saúde mental em que estava internada no dia 17 de novembro do ano passado. O crime ocorreu no Hospital Reluzir, em Aldeia, Camaragibe, no Grande Recife. As câmeras de segurança da clínica registraram o momento em que um homem vestido de farda e colete característicos de segurança, colocou a mão por baixo do lençol que cobria a moça. O homem tocou diversas partes do corpo da paciente antes de deixar o local. A denúncia foi feita pelos familiares da vítima.

Na gravação divulgada nesta quarta-feira (19), o vigilante se aproximou da vítima durante a madrugada, por volta das 4h26, enquanto ela estava sedada. A advogada da família, Maria Eduarda Albuquerque, detalhou a reação da mulher após o estupro. Segundo ela, a vítima foi encaminhada para uma ala masculina devido à admissão de uma pessoa exaltada. Durante a noite, o segurança cometeu o crime enquanto a vítima estava acordada após tomar sedação. A mulher fechou os olhos e apenas queria que acabasse. Os familiares só foram informados horas depois, quando foram chamados à clínica na manhã seguinte. Maria Eduarda destacou que a vítima ficou sozinha e com medo de que o agressor voltasse a qualquer momento. Ela classificou o caso como uma série de atrocidades.

A família da vítima retirou a mulher da clínica assim que tomou ciência dos fatos e fez um registro de ocorrência na Delegacia de Camaragibe. No entanto, o estado de depressão da vítima se agravou consideravelmente. “Ela está em outra clínica. Foi uma situação que a tirou do eixo completamente. Ela teve alguns acessos de estranhar o próprio corpo, de não querer viver (…). A mãe tirou [a paciente da unidade], passou um tempo com ela em casa, foi quando ela teve alguns acessos, inclusive tentando se matar. E foi necessária uma internação novamente”, explicou a advogada.

Ela ainda ressaltou que o Hospital Reluzir não prestou assistência à paciente ou seus familiares. “Eles se sentiram totalmente abandonados pela clínica, de dar algum tipo de assistência ou algum valor em dinheiro para respaldar um tratamento. Nada. Inclusive, até falei com um advogado de lá e pedi para que analisasse algum tipo de proposta. (…) A resposta foi ‘não’ e que a gente tomasse as medidas cabíveis”.Um inquérito conduzido pela Polícia Civil foi concluído recentemente, resultando no indiciamento do vigilante por estupro. O caso foi encaminhado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Durante os seis meses seguintes ao crime, o homem permaneceu foragido. As autoridades tentaram localizá-lo, porém não obtiveram resposta sobre o seu paradeiro.

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