Mulher é confundida com suspeita de crime por reconhecimento facial do Pré-Caju
No sábado (4), durante o segundo dia de Pré-Caju, Thaislane Santos, auxiliar administrativa, foi vítima por duas vezes de erro no reconhecimento facial feito pela Polícia.
Thaislane é moradora da zona norte de Aracaju e relatou – em conversa com o vereador Ricardo Marques – que o sistema de identificação facial a apontou como uma pessoa envolvida no crime.
Segundo a mulher, a primeira abordagem teria sido feita por um policial civil à paisana, logo após a verificação dos seus dados e a confirmação de que não tinha restrições em seu nome, ela havia sido liberada para continuar curtindo a festa, mas em outro trecho,foi abordada novamente, desta vez pela polícia militar.
Thaislane relatou que chegou a urinar na roupa quando se viu sendo levada pelos policiais na frente das pessoas.
“Eu fui humilhada publicamente…Nunca fui presa, nunca roubei, nunca fiz nada de errado na minha vida. Foi uma situação que não desejo a ninguém. Desabafou a mulher.
Após o ocorrido, Thaislane procurou a delegacia para prestar um BO contra os policiais, mas foi informada de que não era possível registrar a ocorrência contra a polícia militar no local.
Em esclarecimento, o coordenador da comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE), Lucas Rosário, relatou que se coloca à disposição de Thaislane para que o corregedor da polícia militar possa prestar atendimento a ela no que for preciso para fins administrativos e judiciais.
Lucas também reforçou que apesar da situação Thaislane, o sistema de identificação facial foi fundamental para o reforço da segurança do Pré-Caju durante os três dias de festa. Segundo ele, os efeitos da tecnologia foram cruciais e impediu a ocorrência de fatalidades e crimes de grande proporção.