Médica dermatologista que falsificava diagnósticos de câncer de pele foi afastada da sua profissão
A partir de uma decisão do Conselho Regional de Medicina (CRM), a médica dermatologista, Carolina Fernandes Biscaia, envolvida em uma situação polêmica, em que se tornou suspeita de emitir falsos laudos de câncer de pele, na cidade de Pato Branco, Paraná, encontra-se impedida de exercer sua profissão durante o período de 180 dias.
A decisão cautelar foi emitida em maio, com aprovação do Conselho Federal de Medicina, e foi tomada a partir das denúncias sobre os laudos falsos e o processo ético em andamento poderá apurar outras questões adicionais.
“A medida extraordinária foi tomada diante da gravidade das acusações e das informações coletadas por este Conselho até o momento, sendo avaliada como indispensável para a segurança dos pacientes e proteção da sociedade”, diz nota do CRM.
A Polícia Civil informou que o processo de investigação está em fase de finalização. Carolina foi convocada para esclarecimento, mas até então, manteve-se em silêncio. A investigação apurou que os laudos falsos eram adulterados com a ajuda de uma máquina de xerox, segundo o delegado Helder Lauria.
Ainda conforme o delegado, os documentos falsos eram colocados sobre os verdadeiros e, com ajuda da máquina, eram criadas novas versões dos laudos. Pelo menos 31 vítimas denunciaram a médica, algumas, inclusive, após passarem por procedimentos desnecessários que chegavam aos R$13 mil.
A defesa da Médica afirmou que a mesma está contribuindo para o esclarecimento dos fatos e que já havia interrompido suas atividades antes mesmo da decisão do CRM, seguindo desta forma até estarem reunidas as condições necessárias para o retorno”.