Laudo do IML aponta que jovem morreu por infarto após consumir cocaína e bebida alcoólica

Laudo do IML aponta que jovem morreu por infarto após consumir cocaína e bebida alcoólica

A Secretaria de Segurança Pública divulgou os resultados dos exames periciais feitos pelos institutos de Análise e Pesquisa Forense (IAPF) e Médico Legal (IML), sobre o caso da adolescente de 16 anos Stefany Andreia Santos Nascimento, que morreu durante o Carnaval deste ano, no dia 21 de fevereiro, na Barra dos Coqueiros.

A Polícia Científica de Sergipe chegou à causa da morte da jovem por meio do laudo pericial do IML, que apontou que a vítima morreu por infarto agudo do miocárdio que foi induzido pela combinação da droga cocaína e de bebida alcoólica.

De acordo com os exames de toxicologia forense, o IAPF identificou a presença da substância entorpecente e ilícita Cocaína. Além dessa substância, os peritos verificaram que no sangue da adolescente também havia a presença de Benzoilecgonina e Cocaetileno. Ainda nos exames feitos no sangue da vítima, a perícia constatou a presença de álcool etílico, que é o álcool presente em bebidas alcoólicas.

Segundo o IML, quando há o consumo de cocaína associado à bebida alcoólica, “o fígado combina as duas drogas e produz uma terceira substância, denominada Cocaetileno. Ela intensifica os efeitos euforizantes da droga, mas é extremamente prejudicial ao organismo e aumenta os riscos de morte súbita”.

Ainda conforme o IML, durante o processo de metabolização da cocaína, acontece a formação de diversos metabólitos que servem para indicar a frequência e o tempo de uso da droga. Segundo o IAPF, o primeiro metabólito a se formar é o metil ester ecgonina e, em seguida, a Benzoilecgonina. Esta substância, quando em níveis elevados, indica que houve o uso contínuo e prolongado da droga cocaína, o que possivelmente aconteceu durante os festejos de Carnaval e na hora em que a jovem teve a crise, já no final da madrugada.

Em entrevista à TV Itnet no dia 23 de fevereiro, a mãe da jovem disse que acreditava que sua filha havia sido vítima de espancamento, por conta da coloração da pele, que foi atribuída como agressões e ferimentos na adolescente.

Contudo, o IML esclareceu que as manchas encontradas no corpo “são referentes à mudança de coloração da pele do corpo humano após sua morte, justamente em decorrência do acúmulo de sangue em partes do corpo pela ação da gravidade. Assim, a perícia reforça que, por não haver circulação de sangue, esse se acumula de modo que passa a imagem de que seriam lesões na pele”.

Diante dos exames periciais realizados, o IML concluiu a causa da morte como sendo “choque cardiogênico secundário a infarto agudo do miocárdio induzido pelo uso combinado de cocaína e álcool etílico por um período prolongado”.

A Polícia Civil recebeu o laudo nesta quinta-feira (09) e agora trabalha na reta final para a conclusão do inquérito.

Com informações da SSP

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