Governo Peruano classifica Transsexualidade como doença mental
A Presidente do Peru, Dina Boluarte, assinou um decreto, publicado pelo Ministério da Saúde do país, na última terça-feira, 14, que considera as pessoas LGBT como doentes mentais devido às suas identidades. Este documento é uma atualização do Plano de Seguro de Saúde Essencial (Peas), que contém uma lista detalhada de condições, intervenções e cuidados para todos os assistidos pelos centros de saúde públicos e privados.
Há dois anos, em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia excluído a transsexualidade do manual de doenças, mas o Peru incluiu no capítulo sobre saúde mental o “transexualismo, o travestismo de duplo papel, o transtorno de identidade de gênero na infância, e os outros transtornos de identidade de gênero, o travestismo fetichista e a orientação sexual egodistônica”.
O coletivo, More Equality Peru posicionou-se através de uma nota, afirmando que “foram necessários 28 anos para remover as identidades trans da categoria de doença. Não vamos retroceder nem mais um dia”.
Após a onda de críticas pela decisão polêmica, a pasta da Saúde peruana emitiu um comunicado afirmando que “gênero e diversidade sexual não são doenças e nem transtornos”. O Ministério argumentou que a mudança é para “garantir que a cobertura do atendimento de saúde mental seja completa”.