Exército prepara celas para possível prisão de Jair Bolsonaro e aliados
A cúpula do exército brasileiro está de prontidão, nesta quinta-feira, 22, enquanto a Polícia Federal recolhe depoimentos de Jair Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Marcelo Câmara e outros, durante à tarde, a respeito do inquérito que investiga as ações durante o governo do ex-presidente e os atos de 8 de janeiro.
Embora não seja concretizado, o Exército se prepara para possíveis eventuais ordens de prisão que possam surgir em função do comportamento daqueles que irão depor ou do que for revelado em suas falas.
O ex-presidente, ex-ministros do seu governo, ex-assessores e militares que, segundo a corporação, teriam participado da suposta trama golpista, foram ouvidos simultaneamente na sede da Polícia Federal para evitar a combinação de versões.
Durante as oitivas, os investigados devem ser questionados a respeito de documentos, troca de mensagens e objetos encontrados na busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis. Bolsonaro deve ser interrogado também sobre a suposta minuta de golpe, encontrada na sede do partido ao qual é filiado, o Partido Liberal (PL), e em relação à reunião ministerial realizada no dia 5 de julho de 2022, e divulgada na íntegra em 9 de fevereiro de 2024.
Diante disso, Jair Bolsonaro aposta todas as suas fichas no ato que convocou no dia 25 de fevereiro, na avenida Paulista, para demonstrar ao STF, aos seus aliados e à oposição, a força política que tem. Se a manifestação for significativa, Jair acredita que os ministros do STF irão reconsiderar a possibilidade de prendê-lo.