“Don Juan” seduz mulher e destrói sua vida financeira
A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando um caso de estelionato amoroso, onde um homem destruiu a vida financeira da sua ex-companheira, deixando um prejuízo de R$700 mil. Poucos meses foram o suficiente para que isso acontecesse, a vítima perdeu seu apartamento, seu carro, seu emprego e todo o dinheiro que tinha em sua conta bancária.
Com um papo encantador e personalidade apaixonante, Julio Cesar Santos Morais de Lima, 43 anos, conheceu e seduziu a vítima, Weslaine Moura Neves, de 37 anos, em uma loja de escapamento, onde ela era funcionária e, com isso, começaram a namorar.
No final do ano de 2022, com pouco tempo de namoro, o casal decidiu morar no apartamento de Weslaine, em Ceilândia. “Ele sempre teve uma capacidade muito grande de enredar e fazer tudo parecer um sonho. Eu caí no conto dele e deixei que conduzisse a minha vida”. Não muito tempo depois, o estelionatário fez com que a mulher pedisse demissão de seu emprego de 15 anos para que os dois pudessem se mudar para Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Weslaine informou que o homem a fez vender seu apartamento por R$180 mil e um Honda Civic do qual era proprietária. “Ele pegou uma Land Rover e R$ 25 mil em espécie após vender meu apartamento. Logo depois, nós nos mudamos para Santa Catarina, onde ele me fez assinar um contrato de locação de uma casa por R$ 5 mil mensais”
Em determinado momento, a vítima se deparou com a sua vida financeira sucumbindo em dívidas e decidiu voltar para Brasília, inicialmente o golpista se recusou, mas resolveu acompanhar Weslaine e ainda assim fez com que ela alugasse um apartamento em Águas Claras por R$3,8 mil mensais.
Então foram descobertos uma série de processos judiciais por estelionato e a mulher achou um cartão em nome do pai de Júlio César, onde todo o dinheiro dela estava escondido. Com a descoberta, ela expulsou o golpista de casa, registrou ocorrência de estelionato e solicitou medidas protetivas para que o golpista se afastasse dela.
Ao voltar para o DF, a mulher conseguiu recuperar o mesmo emprego do qual havia pedido demissão e, até hoje, tenta reerguer sua vida. “Graças a Deus, estou me reconstruindo. Muitas vezes, as mulheres não percebem quando vivem uma relação abusiva e acham que estão fazendo bem para o companheiro. Mas o que existe é apenas uma relação de subjugação e exploração”