Desembargador insinua que vítima de assédio sexual é sonsa
Durante um julgamento no último dia 19, o Desembargador Silvânio de Alvarenga, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), sugeriu que uma jovem vítima de assédio sexual agia de forma ingênua e ainda levantou a hipótese de uma suposta “caça aos homens”. Esses comentários ocorreram enquanto a 6ª Câmara Cível do tribunal analisa uma ação de reparação de danos movida por uma jovem que tinha sido assediada pelo pastor Davi Vieira Passamani.
Durante o mesmo evento, o Desembargador prosseguiu com comentários misóginos e racistas ao afirmar que o “racismo virou modinha”. A advogada da vítima enfatizou que tais declarações do Desembargador são inaceitáveis e que ele deve separar suas crenças pessoais no momento do julgamento. Por outro lado, o pastor acusado enfrenta pela segunda vez acusações de importunação sexual.
O Desembargador justificou que suas declarações durante o julgamento tinham o objetivo de explorar diferentes hipóteses e alcançar a verdade dos fatos, de modo que ambos os lados pudessem ser analisados de forma completa.