Defesa Civil continua monitoramento os atingidos pela vazão do Rio São Francisco
Equipes tem visitado os quatro municípios mais afetados e garante que resultado das ações é satisfatório
Os profissionais da Superintendência Estadual de Proteção e Defesa Civil estão desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (16), monitorando os municípios de Santana de São Francisco, Telha, Amparo de São Francisco e Porto da Folha, que foram os mais afetados pelo aumento da vazão do Rio São Francisco desde o dia 9.
O monitoramento tem como objetivo avaliar os locais mais atingidos pelo aumento da vazão do rio nos últimos dias, bem como especificar a quantidade de imóveis danificados. Além disso, a Defesa Civil estadual vem, junto às coordenações municipais do órgão, reforçando o alerta às comunidades ribeirinhas, uma vez que no dia de hoje o aumento da vazão atingirá o nível máximo de 4.000 m3/s.
“Dos 13 municípios banhados pelo rio, foi realizada a mudança de móveis e pertences da população ribeirinha de Santana do São Francisco, Telha, Amparo de São Francisco, Poço Redondo e Porto da Folha. Estamos visitando hoje para fazermos o levantamento quantitativo de locais e pessoas afetadas pela cheia do rio, a fim de que, posteriormente, quando o nível do rio baixar, sejam realizadas avaliações estruturais nos imóveis atingidos pela água. Convém ressaltar que todas as equipes continuarão em estado de alerta, a fim de auxiliar os municípios caso haja alguma intercorrência”, detalhou o superintendente da Defesa Civil no estado, tenente-coronel Luciano Civil.
Para o coordenador da Defesa Civil de Santana do São Francisco, Jivaldo Silva Santos, o resultado das ações no município foi satisfatório. “Desde que a Defesa Civil estadual nos comunicou sobre o aumento da vazão do rio que alertamos as comunidades ribeirinhas e iniciamos a mudança dos móveis e pertences dos 26 bares que ficam às margens do rio no Povoado Saúde, a fim de que nenhum deles tivesse prejuízo, tendo concluído os trabalhos na sexta-feira, 13, com êxito”, explicou.
A proprietária de um restaurante na Prainha da Adutora, no município de Telha, Marli Francisca Santos, comentou que o Governo do Estado foi muito ágil para alertar a população. “Fomos avisados pela Defesa Civil de Telha e também pela estadual, aí retiramos tudo aquilo que poderia ser danificado, para não termos os mesmos prejuízos de antes, em 2022, quando o rio transbordou muito rápido e perdemos praticamente tudo. Agora é torcer e ter fé para que o volume das águas não demore dois meses para baixar igual ao ano passado”, relatou a comerciante que possui o estabelecimento há 15 anos no local.
De acordo com o superintendente da Defesa Civil, a atuação antecipada das equipes evitou prejuízos maiores. “Desde o início da semana passada que nos mobilizamos e, juntamente, com as coordenações de Defesa Civil municipais visitamos as comunidades residentes às margens do curso do rio e orientamos para que saíssem de suas residências durante o período do aumento da vazão, bem como concedemos apoio logístico para que elas retirassem seus pertences”, garantiu o tenente-coronel Luciano Civil.
Foto: Marcos Rodrigues