Companheiro acusado da morte da delegada já havia sido preso por agredi-la
Os desdobramentos do assassinato da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, ocorrido na manhã deste domingo (11), estão vindo à tona. Conforme as investigações, o companheiro da delegada, que foi preso em flagrante, já havia sido detido anteriormente por agredir a vítima em Santo Antônio de Jesus, onde ela vivia e trabalhava.
Antes do São João deste ano, o acusado, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, foi levado à delegacia sob a Lei Maria da Penha, após quebrar um dedo da companheira. De acordo com moradores, Patrícia solicitou a liberação do parceiro, e o casal passou a ser visto frequentemente na cidade, com Patrícia o apresentando como seu marido e médico. No entanto, ele se formou em Medicina no exterior e não havia passado no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), exigido para a validação de diplomas obtidos fora do Brasil.
Relatos indicam que o acusado já havia agredido Patrícia em outras ocasiões, e a vida tumultuada do casal era conhecida tanto pelos vizinhos quanto pela polícia, que foi chamada várias vezes devido a brigas. O acusado também teria um histórico de violência contra outras mulheres.
A Polícia Civil ainda não revelou detalhes sobre as circunstâncias da morte de Patrícia, mas foram encontrados vestígios de sangue na casa dela, localizada no Condomínio Residencial Vila Olímpica, no bairro do Cajueiro. Em nota, a polícia informou que o acusado foi autuado em flagrante por feminicídio, após o corpo da delegada ser encontrado no banco do carona de seu veículo, em uma área de mata no município de São Sebastião do Passé. Fontes policiais relataram que o depoimento do acusado continha várias contradições.