Caso Genivaldo: Justiça Federal autoriza transferência de policiais envolvidos para o presídio comum
Nesta terça-feira, 7, a Justiça Federal decidiu autorizar a transferência dos três Policiais Federais envolvidos no ‘Caso Genivaldo’ para um presídio comum, mesmo sob contrariedade da defesa, que tentava evitar esta ação, com a justificativa de preservação da integridade física dos acusados.
Hoje, Paulo Rodolpho, William Noia e Kleber Freitas estão presos no presídio militar, em Aracaju. A transferência autorizada pela Justiça Federal atendeu a um pedido da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP-SE), alegando que os acusados não fazem mais parte do quadro de agentes da PRF do Estado, haja vista que foram demitidos pelo Ministro da Justiça, Flávio Dino, no dia 14 de agosto deste ano. A Justiça Federal informou que o novo local de destino dos três envolvidos garantirá a segurança e integridade física dos mesmos, que é a principal preocupação da defesa.
Relembre o caso
Durante uma abordagem no dia 25 de maio do ano passado, no município de Umbaúba, Genivaldo Santos, de 38 anos, foi morto após ter sido algemado pelos agentes da PRF, colocado dentro de uma viatura e exposto a gás lacrimogêneo por quase 12 minutos. A vítima teve insuficiência respiratória e asfixia mecânica e não resistiu. Os gases tóxicos dentro da viatura causaram a morte de Genivaldo.
Os agentes da PRF envolvidos no caso foram indiciados por homicídio qualificado e abuso de autoridade. O ‘Caso Genivaldo’ teve repercussão nacional após a divulgação dos vídeos que mostraram a abordagem excessiva dos policiais e causou revolta por todo o país.