Alunos de medicina revivem hino com alusão ao crime de estupro durante jogo universitário

Alunos de medicina revivem hino com alusão ao crime de estupro durante jogo universitário

Um grupo de alunos da Faculdade Santa Marcelina, sediada no leste de São Paulo, foi fotografado segurando uma bandeira com uma frase de conotação violenta e alusão ao crime de estupro escrita à mão, causando revolta aos alunos da instituição.

Na bandeira, a frase “entra porra, escorre sangue” repercutiu negativamente nas redes sociais. O registro foi feito no último sábado, 15, durante um evento esportivo voltado aos calouros do curso e, na segunda-feira, 17, alunas do Coletivo Francisca – grupo feminista formado por alunas e ex-alunas da Faculdade Santa Marcelina – protestou contra a situação, levando o caso com uma denúncia formal à direção do curso.

A frase faz parte de um antigo “hino” da atlética da faculdade, que foi banido em 2017 e contém ainda mais referências de cunho sexual e machista. Além de extremamente violento, e com diversas alusões ao crime de estupro, o hino até mesmo faz menção a relações sexuais com membros da igreja que compõem o corpo docente da faculdade (‘vem irmãzinha, pega no meu [censurado]’), denuncia o coletivo.

“A cultura do estupro é algo muito presente nas faculdades de medicina”; “Hinos que degradam a mulher, ritos de passagem que incluem juramentos horríveis, trotes degradantes, em que calouras têm que ir limpar a casa e lavar a louça dos veteranos são comuns em todas as faculdades de medicina”. Declarou uma ex-aluna da faculdade em entrevista ao Portal G1.

 

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