A PF faz hoje operação contra uma suposta organização criminosa que tentou dar golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.

A PF faz hoje operação contra uma suposta organização criminosa que tentou dar golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.

Jair Bolsonaro é um dos alvos da operação. Os agentes foram à casa do ex-presidente em Angra dos Reis (RJ) para recolher o passaporte. Como o documento não estava no local, foi dado o prazo de 24 horas para a entrega. O celular de Tércio Arnaud Thomaz, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi apreendido.

O coronel Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, ex-assessores de Bolsonaro, foram presos. A PF também prendeu Rafael Martins de Oliveira, major do Exército. Ex-ministros de Bolsonaro são alvos de busca e apreensão. Entre os nomes estão Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também é alvo da PF.

O ex-ministro Torres já responde no STF por suspeita de conivência e omissão com os atos de 8 de janeiro. Essa acusação fez ele ficar preso por quase quatro meses.

A PF cumpre hoje 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares. O Exército acompanha o cumprimento de alguns mandados. Quatro generais 4 estrelas são alvos. Entre as medidas cautelas está a proibição de contato entre investigados, entrega de passaportes em até 24 horas e suspensão do exercício de função pública. A PF cumpre os mandados no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.

Segundo a PF, o grupo se dividiu em núcleos para disseminar informações falsas sobre fraude nas eleições de 2022. A ação aconteceu antes mesmo do pleito para “viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.

O primeiro eixo trabalhou para construir e propagar a versão de fraude nas eleições. O grupo espalhou mentiras sobre vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação. Segundo a PF, o discurso é repetido pelos investigados desde 2019 e continuou após a vitória do presidente Lula (PT).

Fonte e texto: UOL

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