Governador baiano, Jerônimo Rodrigues, alega que as escolas que reprovam são “autoritárias”

Governador baiano, Jerônimo Rodrigues, alega que as escolas que reprovam são “autoritárias”

Durante um evento no município de Feira de Santana, na Bahia, na última segunda-feira, 19, o Governador do estado, Jerônimo Rodrigues, concordou com a aprovação em massa dos estudantes, alegando que a escola que reprova é “autoritária” e que está além do professor decidir isso.

“Eu fico muito triste como governador, como professor, quando vejo professoras e professores reprovando alunos. Não pode ser um professor, um educador, que tenha que dizer no final do ano: ‘você está reprovado’. Quando reprova, é a escola que está reprovada. É a escola que não tem condição de dizer: quero curar você da escuridão” Disse Jerônimo.

Em seguida, ele disse que esse tipo de conduta não cabe às escolas baianas “A escola que reprova é uma escola autoritária, é uma escola preconceituosa. Não cabe na Bahia de Anísio Teixeira, de Ruy Barbosa, não cabe a escola ser autoritária. A que nós tínhamos, a escola da escuridão, a escola dos autoritários, era aquela que além de reprovar, nenhum pai ou mãe queria ir, porque sabia que era para esculhambar os filhos deles, falar mal dos meninos e meninas”. (sic)

As imagens que mostram o discurso do governador foram compartilhadas pelo APLB Sindicato, que é o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia, em tom de crítica a postura do governador e publicou uma nota repudiando sua fala.

“Enquanto legítima representante dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Bahia, a APLB-Sindicato lamenta a infeliz declaração do governo do estado, na aula inaugural, em Feira de Santana. A Portaria 190 foi uma medida generalista e sem nenhum diálogo com a categoria. Se existe o quantitativo alto de reprovação em uma escola, deve-se intervir na pesquisa, avaliação e construção coletiva de alternativas para a mudança do quadro”.

A entidade diz que não é justo atribuir essa responsabilidade ao profissional de educação, muitos outros problemas são mais evidentes e o governador, enquanto professor, deveria reconhecer que o ato de licenciar não é resumido em aprovação ou reprovação do aluno.

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