Redução da taxa Selic: especialista analisa possíveis impactos da mudança no bolso da população
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou no dia 31 de janeiro a redução da Taxa Selic de 11,75% para 11,25% ao ano, o menor patamar de juros desde março de 2022. Este foi o quinto corte seguido na taxa, que está em queda desde agosto de 2023. O comitê informou ainda que pretende ampliar a redução em 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.
Mudanças na taxa Selic têm impacto direto na economia brasileira e, consequentemente, no bolso da população. Como explica Andrews Veikman Nunes Caetano, economista e docente do Centro Universitário Estácio de Sergipe, a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e serve como referência para diversas operações financeiras no país. “Uma das funções da Selic é indicar como vai ser aplicada a taxa de juros no país, o que impacta diretamente no nosso bolso, pois influencia o preço dos alimentos, da gasolina, dos produtos que consumimos e dos serviços que contratamos”, explica.
Isso acontece, segundo o economista, porque o Banco Central tem como um dos objetivos manter a economia em funcionamento por meio do controle da inflação, o aumento do preço dos produtos e serviços. “Quando o Copom reduz a taxa Selic, ele está dizendo que a inflação está controlada, ao mesmo tempo que começa a incentivar o aumento do consumo dos brasileiros, porque a tendência é que haja uma redução dos preços”, destaca Andrews. “Com a redução dos preços, a tendência é que a gente compre mais, consuma mais”, complementa.
A redução da Selic tende ainda a estimular o consumo e o investimento, uma vez que os custos de financiamento se tornam mais atrativos. Com a diminuição dos juros, é provável que haja um estímulo ao crédito, tanto para pessoas físicas quanto para empresas, o que pode aquecer diversos setores da economia. “Isso é um excelente indicativo de que a economia vai bem e está retomando o seu crescimento”, finaliza o profissional.