Número de mortos causados pelos incêndios florestais no Chile sobe para 99 pessoas
Na noite deste domingo (04), o Serviço Médico Legal relatou que o número de vítimas fatais decorrentes dos incêndios florestais no Chile atingiu 99. O presidente chileno, Gabriel Boric, declarou que espera um aumento “significativo” nesses números nas próximas horas, enquanto equipes de bombeiros, soldados e brigadistas trabalham arduamente para controlar múltiplos focos de incêndio no centro e sul do país.
O foco primário do incêndio estava se alastrando pela região costeira de Valparaíso, situada na sede do Congresso e sendo um dos principais portos do país. Essa área abriga quase um milhão de habitantes. Em uma mensagem à nação, Boric afirmou: “Estamos unidos, todos nós, enfrentando esta emergência. A prioridade é preservar vidas”, acrescentando que havia decidido manter o toque de recolher e reforçar a presença militar nas regiões mais impactadas.
“No momento, lamento informar oficialmente que o número de mortos é de 64”, declarou o presidente. “Sabemos que esse número irá aumentar, e irá aumentar significativamente (…) estamos lidando com uma tragédia de proporções consideráveis”, acrescentou. Boric também comunicou que decretou um período de luto nacional de dois dias a partir de segunda-feira, destacando que “todo o Chile está sofrendo e lamentando as perdas”.
O fechamento da refinaria Aconcágua, a segunda maior do país, foi causado pelo incêndio, situado aproximadamente 15 quilômetros ao norte da cidade costeira de Viña del Mar, que foi gravemente impactada pelas chamas. Além de Valparaíso, o fogo estava em curso nas regiões centrais de O’Higgins, Maule e Ñuble, bem como na região sul de La Araucanía.