Sindicato que representa os trabalhadores da Deso é contra a privatização parcial da companhia
O Sindisan, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Sergipe, é contra o projeto que prevê a concessão público-privado na Companhia de Saneamento de Sergipe – Deso, sob alegação de que, entre outros pontos contrários à privatização parcial, a ação pode causar a demissão de cerca de mil empregados na empresa responsável pelos serviços de saneamento básico em Sergipe.
Nesta quinta-feira, 9, os representantes do Sindicato reuniram-se com o governador Fábio Mitidieri, tendo em vista formalizar acertos comuns frente à iminente concessão parcial da Deso. A reunião delegou ainda a criação de uma comissão responsável por determinar o quantitativo de profissionais necessários para o processo de transição.
O projeto prevê que a companhia que administra o saneamento básico no estado seja administrada de forma conjunta pelo serviço público e pelo serviço privado durante 35 anos. Contudo, o Sindisan entende que o processo pode prejudicar a empresa. Em entrevista à TV Sergipe, o presidente do Sindicato, Silvio Sá, disse que este sistema já foi implantado em outros estados, ocasionando aumento na tarifa de água e aumento nas taxas de esgoto, porém, sem avanço na realização dos serviços.
Outra preocupação do Sindicato é de que esta concessão compartilhada afete os postos de trabalho na Deso. Atualmente, a Companhia de Saneamento conta com mais de 1500 funcionários, e, de acordo com o Sindisan, cerca de mil podem estar com o emprego ameaçado durante este processo de transição.
Silvio Sá explicou que a comissão de transição deve contar com um membro da Companhia de Saneamento, outro do próprio sindicato, e membros da equipe técnica do Governo, que vão avaliar, em conjunto, a quantidade necessária de cargos para cada área da empresa, com o objetivo de reduzir o impacto no quadro efetivo da Deso e evitar grande quantidade de demissões.