Um dos suspeitos brasileiros, alvo da operação da PF sobre a Hezbollah, descreve conversa que teve com chefe do grupo terrorista
Um dos suspeitos envolvidos com o grupo Hezbollah, capturado pela Polícia Federal na operação que investiga o planejamento de ataques terroristas contra judeus no Brasil, descreveu o modus operandi instruído por um dos “chefes” do grupo, em um encontro entre ambos, durante uma viagem ao Líbano.
O brasileiro confessou, em depoimento, que durante sua passagem em Beirute, foi recebido por um indivíduo à frente da chefia do Hezbollah, o qual questionou na conversa se o suspeito estava ciente de que a sua ação no Brasil não era “ uma atividade limpa”, afirmando que “procurava pessoas com disposição para matar e sequestrar”. Sentenças as quais ele respondeu que não seria capaz de executar.
Com relação ao modus operandi, o brasileiro contou que o dinheiro e as orientações para a viagem vinham por WhatsApp de um celular paraguaio e que ficou em dois hotéis na capital libanesa com tudo pago pelos criminosos.
Ainda segundo relato, para encontrar o “chefe”, ele tinha que seguir de carro até um beco atrás de um campo de futebol, onde havia vários outros carros, e entrava depois num outro veículo com cortinas pretas.
O suspeito afirmou não ter fornecido detalhes para ninguém , justamente por compreender que era uma organização terrorista que tentava recrutá-lo e que, só de volta ao Brasil, concluiu que se tratava do Hezbollah.