Mesmo após rejeição de candidatura, Valmir mantém campanha
O ex-prefeito de Itabaiana afirmou que respeita a decisão judicial, mas continua incentivando seus eleitores a votarem em seu número, mesmo após o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE) ter divulgado que os votos dados a Valmir serão considerados nulos.
Emília Corrêa (Patriota), que compunha a chapa como vice, também esteve presente na coletiva. “Uma das maiores injustiças do estado de Sergipe foi cometida”, alegou a vereadora por Aracaju, que também incentivou a manutenção do voto em Valmir.
POR QUE VALMIR ESTÁ INELEGÍVEL
Em 2019, o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE) julgou a forma como se procederam as campanhas eleitorais de 2018, sob a suspeita de protagonismo de Valmir, então prefeito de Itabaiana, na campanha do filho a deputado estadual, que teria tornado desproporcional a disputa entre os candidatos, favorecendo a de Talysson. A decisão cassou o mandato do deputado e tornou ambos inelegíveis por oito anos, a contar do ano de 2018.
A defesa recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que manteve a condenação em junho deste ano. Os ministros decidiram que as ações de Valmir configuraram abuso de poder econômico e político, com o uso da máquina administrativa municipal por parte dele ainda enquanto prefeito do município do agreste do estado. Dois meses depois, Valmir recorreu novamente ao TSE para a anulação da decisão anterior, o que foi negado no dia 26 de agosto pelo ministro Alexandre de Moraes.
Mesmo com todos os resultados desfavoráveis, o ex-prefeito de Itabaiana manteve seu nome como candidato ao Governo de Sergipe.
No dia 8 deste mês, o TRE-SE decidiu por unanimidade pela impugnação da candidatura de Valmir nas eleições 2022. A decisão se baseou em pedido do Ministério Público Eleitoral, que contestou a candidatura, visto que Valmir foi condenado inelegível por oito anos.