PRF solicita novos depoimentos de familiares e outras testemunhas
A Polícia Rodoviária Federal intimou cinco testemunhas sobre a abordagem de agentes rodoviários federais na BR 101, em Umbaúba, interior de Sergipe, que levou a morte Genivaldo de Jesus Santos. A solicitação faz parte de um processo administrativo disciplinar da corporação. Um irmão e um sobrinho da vítima fazem parte dos intimados.
De acordo com o G1, a solicitação não foi bem vista pela defesa da família que questionou a necessidade de novas oitivas. “Eles já têm indícios suficientes para abrir esse processo administrativo. Acredito que não seja necessário, novamente indispor a família a outra oitiva”, disse a advogada Monaliza Batista.
A reportagem questionou o Ministério Público Federal e a PRF sobre a necessidade de novas oitivas, mas não houve nenhum retorno dos órgãos. Os depoimentos estão previstos para o dia 27 de julho na Delegacia de Polícia Civil da cidade.
Genivaldo morreu, no dia 25 de maio, numa abordagem da PRF depois de ter sido trancado no porta-malas de uma viatura e submetido a inalação de gás lacrimogêneo. A certidão de óbito concedida pelo IML à família no dia seguinte à morte apontou asfixia e insuficiência respiratória.
Os agentes suspeitos de envolvimento no caso e que estavam em serviço na abordagem da BR- 101 em Umbaúba são: Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia. Eles foram afastados de suas funções da polícia. A Justiça Federal em Sergipe negou o pedido de prisão dos três agentes, feito pela defesa da família da vítima, que ainda não se manifestou sobre a decisão.
A Polícia Federal pediu ao MPF prorrogação de 30 dias do prazo para a conclusão do inquérito alegando aguardar os laudos periciais requisitados ao Instituto Médico Legal e à Diretoria Técnico-científica da própria PF. Até essa terça-feira (12), os documentos ainda estavam sendo aguardados.